15/02/2021 - 10:16 | Atualizada em 15/02/2021 - 10:35
Raphael Veleda Metrópolis
A pastora luterana Romi Bencke, secretária-executiva do Conic, é um dos principais alvos do discurso de ódio. As investidas que ela sofreu motivaram mais de 200 entidades da sociedade civil a protestar e se solidarizar.
Em carta, a Aliança de Batistas do Brasil repudiou a campanha de ódio e afirmou que os ataques estão sendo direcionados com mais força a lideranças femininas, “além do cunho antiecumênico são carregados de misoginia indisfarçável”.
“Nos vemos perplexos com os ataques que a CFE 2021 (Campanha da Fraternidade Ecumênica) vem sofrendo por parte de setores que buscam, entendemos, usurpar o nome da Igreja Católica Apostólica Romana, que conosco compõe este Conselho, para ataques infundados, injustos e até mesmo criminosos”, diz a carta da Aliança de Batistas.
O problema
Os ultraconservadores se revoltaram contra o documento que explica as motivações da Campanha da Fraternidade de 2021, principalmente em relação ao parágrafo que faz a seguinte afirmação: “Outro grupo que sofre as consequências da política estruturada e da criação de inimigos é a população LGBTQI+”.
O documento traz dados do Atlas da Violência e da ONG Grupo Gay da Bahia para denunciar que 420 pessoas desse grupo foram assassinadas em 2018, e argumenta que “esses homicídios são efeitos do discurso de ódio, do fundamentalismo religioso, de vozes contra o reconhecimento dos direitos das populações LGBTQI+ e de outros grupos perseguidos e vulneráveis”.
Para os religiosos mais extremistas, sobra militância e falta religião no documento.
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